quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Letra de uma música estranha

If not tonight
This is the strangest feeling
Something I can't control
Do I play the fool for you

If not tonight
Waiting forever
Just to see your face
Waiting is all that I seem to do

If not tonight
Underneath the stars
Beneath the crescent
Sinking down into the sea
It's not the time
But I will wait forever
If this is what you want
Waiting could be the end of me (Waiting would be the end of me)

One day I will open your eyes
Underneath the stars
Beneath the crescent

There will never be a night
If not tonight

Tell me when my love

"Who are you" (Tom Waits)

Esta música nunca me sai da cabeça... especialmente quando estou um pouco unhappy com minha existência. Fico ouvindo alternadamente e em sequência a versão do Tom Waits (que parece ser cantada como alguém que já tem muuuuita experiência na vida) e a da Scarlet Johansson (ainda não sei dizer o que ela me passa).


There it is:


They're lining up
To mad dog your tilta whirl
3 shots for a dollar
Win a real live doll
All the lies that you tell
I believed them so well. Take them back
Take them back to your red house
For that fearful leap into the dark
I did my time
In the jail of your arms
Now Ophelia wants to know
Where she should turn
Tell me...what did you do
What did you do the last time?
Why don't you do that
Go on ahead and take this the wrong way
Time's not your friend
Do you cry. Do you pray
Do you wish them away
Do you still leave nothing
But bones in the way
Did you bury the carnival
Lions and all
Excuse me while I sharpen my nails
And just who are you this time?
You look rather tired
(Who drinks from your shoe)
Are you pretending to love
Well I hear that it pays well
How do your pistol and your Bible and your
Sleeping pills go?
Are you still jumping out of windows in expensive clothes?

Well I fell in love
With your sailor's mouth and your wounded eyes
You better get down on the floor
Don't you know this is war
Tell me who are you this time?
Tell me who are you this time?







I see you

Estou farta de errar!
Basta desse maldito limiar que se esconde de mim mesma.

Ou não...
Não sei como encontrá-lo.

Desculpe-me se fiz de você minha corda desse poço.

Vá e tente ser livre.

Ou não.
Talvez não te queiram no paraíso.

Acredite em mim...  O inferno não é tão diferente do que já conhece.

Só cuidado com Gabriel, que age por si próprio.
Ou vai ficar parecendo trouxa velha abandonada.

A experiência é assim: não foi criada para ser seguida,
mas para ser marcas de açoite...

Minha sombra não me engana mais!!!
(em minha cabeça, o suave canto de um finado melro)
Uma dúvida: "meu" melrinho estaria infeliz comigo???
Fico preocupada quanto a isso, pois dizem que essas pequenas aves muito morrem por estresse. Não quero isso, de modo algum!!!
Só penso nisso, porque, apesar de me dar atenção e cantar enquanto assobio, ao virar as costas, ele parece não querer mais minha presença ali.

Talvez seja a idade do pobre bichinho. Já deve ter vivido um bocado...

Uma melrinha, quem sabe???

...

Sábado, fizemos uma pequena festa no quintal de casa e, dentre os convidados, estava Arlindo, o antigo dono de meu melrinho.
Eita bichinho sapeca, ele. Na frente de todos, recusava-se a dar atenção a Arlindo e, até mesmo, bicou-lhe o dedo com uma voracidade
que nem eu poderia imaginar haver em tal pequeneza.
Mas, quando estavam somente os dois (isso vi de bem longe), o melrinho deixava que o homem se aproximasse, acariciasse sua pequena cabecinha
e assobiasse uma canção.

O melrinho não cantou.

No dia seguinte, novamente, deixei o bichinho ao sol, enquanto eu tentava consertar algumas coisas no jardim (procurando pragas, regando as plantas,
olhando a direção da grama). Ele (admirei-me muito) começou a cantar justamente a canção de seu antigo dono... e assim ficou, durante um bom tempo.

Tentei devolvê-lo, mas Arlindo não pudia mais ficar com ele, pois a esposa já não agüentava mais.

Fiquei com o melrinho... sempre a relembrar seu "amado" dono ao reinventar aquela canção todas as tardes (deve ser o sol que o faz lembrar-se).

Ainda é inverno.

My lost soul and your songs

O melro que está em minha gaiola peguei de um conhecido para cuidar por algum tempo.
Tento me lembrar das razões que me fizeram ficar tão impressionada com a pequena avezinha... Talvez seu canto tenha me causado tal efeito.

Quando o deixo no sol por algum tempo, ele canta tão docemente que me faz compreender uma historinha que mamãe costumava contar.

Um imperador obrigou que um pequeno rouxinol sempre entoasse seu belo canto para seu deleite.
O pobre pássaro não queria ser um mero servente de sua alteza e fugiu. No entanto, voltou,
para que pudesse salvar seu querido amo (o pássaro aprendeu a amar aquele que o idolatrava) em seu, digamos, "leito de morte".

Uma alma perdida e um canto. A música que se tornou o remédio para quem já definhava.

Interessante.

Háhá!!!
O problema é depender de tantos sons.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A mocinha e a tartaruga

A moça ia a passos curtos
pela rua, voltando como sempre.
Não mais dava atenção ao caminho
há muito já conhecido.
Andava e andava, pensando
como nunca no jabuti.
Quando pequena, passara
a apreciar o comportamento
daqueles pequenos seres.
Frios.
Será?

Ansiosos por uma folhinha de alface...

Comiam tudo... até os restinhos
em que a terra encrustrava.

Pelo sol, passeavam
(um pouco).

Nada mais.

Iam e vinham.

Não devagares, como dizem.

Pois é!!! Gostaria de ser um jabuti!